Mãe, posso levar quatro amigas para passar o final de semana com a gente na casa de minha avó em Mangaratiba? É aniversário da Lulu e queremos fazer uma festa-surpresa para ela. Vai ser assim: papai me pega na escola e depois…
Pronto. Nara já estava com todo o esquema na cabeça e contava com a minha aprovação e com o meu apoio para tornar cada cena que ela havia visualizado, real. Eu só precisava falar com quatro mães (que nunca tinham deixado as filhas dormirem fora de casa), arrumar mais um carro (já que a Lulu não podia saber que as amigas iriam), fazer compras (bolo (de chocolate), comida (guloseimas), refrigerantes e esmaltes (da coleção (verão) da Impala)), chegar à escola 17:13h (antes? nem pensar!), não esquecer de levar as bolas (coloridas, bem coloridas) no carro (para que a Juju, a Cabeça e a Stephanie fossem enchendo no caminho) e convencer a minha sogra (que é neurótica com arrumação e limpeza) de que o quinteto de mocinhas (na verdade só uma já é mocinha) não daria trabalho nenhum. Ah! Não esquecer de chamar a tia Jú (porque a tia Jú é o que há). Tudo foi verbalizado assim mesmo, cheio de parênteses que eram falados de forma bastante enfática para que eu não me esquecesse do que tem dentro deles.
Pensei em dizer não, mas fui incapaz de fazê-lo. Ser responsável pelos meus filhos e mais quatro meninas mega-animadas estava me parecendo algo insano. A hipótese infinitamente pequena, porém, existente de que tudo pudesse dar certo somado ao rosto animadíssimo da Nara na minha frente foram o suficiente para abrir a porta sorrindo e deixar que a esquizofrenia fizesse a festa na minha cabeça.

Passar o final de semana com cinco menininhas que estão se despedindo da infância fez o efeito que dez anos de tratamento dermatológico para reduzir minhas linhas de expressão não conseguiram realizar. Não preciso me olhar no espelho hoje porque nele não me reconheço mais. A minha imagem agora está nas atitudes de minha filha. Foi lá o local onde, inesperadamente, a encontrei. Adorei a surpresa.
Realmente se responsabilizar pelo filho dos outros durante um final de semana inteiro é uma tarefa preocupante e que requer uma atenção intensa, ainda mais na quantidade mencionada – 4 meninas – porém, como disse a mãe da organizadora da festa surpresa, a pouquíssima chance de dar tudo certo fazia, e fez valer a pena o risco e as dores de cabeça antecipadas.
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Ô! Põe dor de cabeça nisso! Menos 3 comprimidos de Neosaldina no mesmo dia…
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Farra boa!!! Me traz a infância à memória… Bjinhos!
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Fiz uma festa parecida com meu filho e mais quatro sobrinhos. A mãe, caiu fora, dizendo que por nada desse mundo assumiria tal responsabilidade. Eu? Eu fui em frente, assumi as tais, e as arrastei comigo. Viajamos para Fortaleza. E ficamos felizes, anos depois ainda encontro as palavras dos sentimentos para descrever, durante quinze dias. Uma senhora, passou pela nossa mesa, e olhando pra mim, disse para o marido:- Olhe, que homem corajoso!Eu sorri, em sua direção, dizendo, filho mesmo é só este, os demais são sobrinhos. Todos caíram na gargalhada.Mas o melhor mesmo, o insuperável, de é: além de ver nosso rosto em outro bem mais novo; é saber dos sentimentos iguais, aqui, ali e até em Mangaratiba. Parabéns, beijos. Sempre.
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Lyli, Ao ver a Nara agindo da mesma forma que eu agiria é mais do que trazer a infância à memória. Nada a ver com nostalgia…É viver tudo com ela e me sentir super nova. Não mais criança, mas super nova.beijos
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Djabal,O risco de que algo dê errado realmente tem sua força. Não julgo a mãe que não quis entrar na dança… Ela foi muito sensata.Mas a chance de que tudo dê certo foi realmente irresistivel e bom demais da conta. Bobo de quem não acredita nela de vez em quando.Beijos
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Se você ainda não se convenceu de que é uma grande memorialista, o momento é este. Neste texto.Beijoca.
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Paulo Andel!!!Alegria em tem ver por aqui!!!!Pois saiba que se hoje ouso um pouco mais a culpa é e sempre será sua.Grande beijo aliás(!) milhões de beijos para vc!!!!!!!
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Tem coisa melhor do que ver criança brincando, falando, rindo… enfim, sendo criança? Acho que só se a gente consegue recuperar (desenterrar) o espírito infantil e cai na farra junto com a turma toda. Já a Dona Elika, que não tem (nem nunca precisou ter) esse trabalho, oferece, de mão beijada, esses pedacinhos de sonho e do mais puro deleite. Fazendo parecer possivel a todo mundo (já que é, pra ela) realizar seus pequenos milagres…como se fosse fácil.Até parece!
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Oi, Elika. Bela blogada. Ao ler, gostei muito particularmente dos seus jogos de parênteses.
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hahahahaha que lindas! adorei o post… e só queria compartilhar uma coincidência, minha Tia mora em Mangaratiba também! hahaha as vezes acho que todas as pessoas do universo têm parentes lá =PBeijões!
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Anônimo,Visto e sabido que eu sou uma verdadeira Santa, tvz vc esteja certo…Devo, realmente, estar fazendo milagres por aí.:-)
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Neo-orkuteiro, bonjour! Quelle joie de vous voir ici! Mas…Não diga! Estou lhe agradando?Então não é sem quererPois quero, mas por enquantoCom certeza é sem saberPosso ter qualquer traquejoE qualquer habilidadeMas nada que dê ensejoA ser, na posteridade:-)A bientôt!
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Rulliane,Quem sabe nos vemos lá qualquer dia?Grande beijo, lindona! Saudades
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Oi "Tia" Elika.Como a Narinha pede para eu te chamar.Eu também achava no começo que não ia dar certo, mas a Lulu ficou tão feliz.Ela nos agradeceu muito!E eu amei as fotos e o seu texto super criativo, agora eu vou sempre dar uma passadinha no seu blog para saber as novidades.Beijinhos da,Stephanie
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Muito show !!!
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Stephanie, sua perua!Adorei te ver aqui!beijos e em breve nos veremos numa nova farra!
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Anônimo,Identifique-se, por favor.Como vou saber quem são vcs???de qualquer forma, obrigada
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Mãe, vc é demais! Muito legal! Essas fotos ficaram dez! E foi vc que tirou todas! Incrível !!!beijão!Nara
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Nara! Oi! Vc gostou?!!! Que bom! Adorei seu comentário!!!!Beijão!
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