Arrumando a bagunça. Bagunçando o que está arrumado.

Hideoelk

Eu e Hideo, meu filho lindo de 22 anos, resolvemos fazer uma arrumação no quarto dele que estava um angu de caroço. Saíram quatro sacos imensos de lixo e dois de roupas para doar. Mas a cada gaveta que a gente abria, eu tipo via umas três a dez camisinhas.

– Caraca, Hideo. Tem camisinha pra cacete aqui! – disse literalmente e conotativamente.
– Sabe o que quer dizer isso né, mãe?
– Que você está se precavendo. – respondi de imediato. – Parabéns!
– Mãe, isso são todas as fodas perdidas. Cada vez que saio com uma menina eu sempre esqueço onde enfiei as outras camisinhas e compro mais. Tuuuudo isso é foda não dada, mãe.

Daí que, antes do Hideo nascer, eu li tudo que é revista de psicologia para ser uma boa mãe, aprender como dialogar com meu filho e bababá bububú. Mas nenhuma tinha esse exemplo especificamente ou nada parecido para eu usar como um guia. O que dizer numa hora dessa, gente?

– Entendi, meu filho. Vamos fazer o seguinte. Vamos juntar todas elas e colocar numa caixinha que fica no banheiro. É bom que vai ter camisinha a dar com o pau.
– Puxa, mãe, obrigado.

Como sou fofa fofa fofa, gente. Mas tenho um defeito: exagero. Resolvi dar uma de mãe descolada:

– Inclusive, meu filho, quando mamãe precisar já sei onde pegar. – disse maternalmente.

– Não fode, mãe! Que nojo!

Enfim, se fosse fácil se chamaria tabuada do um e não convivência.

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