A onda

A onda fascista não para! Matar petista, comunista, esquerdista como falam agora virou modalidade de tiro ao alvo. Na caravana de Lula, houve casos gravíssimos. Agora, no acampamento em Curitiba, onde pessoas estão lá como uma forma de resistência a essa injustiça que é a prisão de Lula (sim temos ao nosso lado importantes juristas que mostram o quanto essa prisão não se justifica) houve um ataque de mais de 20 tiros em direção às pessoas que lá estavam!

Duas pessoas ficaram feridas e companheiro do movimento sindical de São Paulo, o Jeferson, está em estado muito grave e corre risco de morrer.

Esse estado de violência não pode ser aceito. Quem fica calado está perdendo a oportunidade de mostrar aos demais o quão absurda é essa atitude fascista ou então estão gostando do que estão assistindo.

É grave demais. A cada dia vemos a superação dessa violência contra nós.

E a história se repete mesmo. Há cartaz que é vendido no museu do Holocausto em Washington, para alertar as pessoas sobre os perigos do fascismo e como identificar seus primeiros sinais. Muitos já leram, mas vale a pena repetir o que está escrito:

1. Empoderamento nacionalista contínuo.
2. Desdém por direitos humanos.
3. Identificação do inimigo como causa unificadora.
4. Supremacia militar.
5. Sexismo desenfreado.
6. Controle de mídias de massa.
7. Obsessão com segurança nacional.
8. Governo e religião interligados.
9. Poder/direitos corporativistas protegidos.
10. Poder/direitos de trabalhadores suprimidos.
11. Desdém pelos intelectuais e pelas artes.
12. Obsessão por crime e punição.
13. Corrupção e nepotismo desenfreado.
14. Eleições fraudulentas. (tradução Loo Silva)

Nos últimos anos, o Brasil tem vivido exatamente todos os pontos que estão na lista: sexismo contra uma presidente democraticamente eleita, deputadas, senadoras e vereadoras, fizeram o povo acreditar que o PT é o inimigo da nação, fizeram acreditar quando havia concursos públicos e todos estavam empregados que o Brasil vivia seu pior momento econômico, candidatos que debocham dos direitos humanos sobem nas pesquisas, a religião dá as ordens, a corrupção segue de forma alarmante e as provas apresentadas contra políticos que não sejam o Lula não causam mobilização social ainda que sejam provas verdadeiras e as acusações muito mais graves, intervenções militares e perda de direitos trabalhistas, aumento de poder corporativista e o deboche contra a arte e os intelectuais.

Dilma havia avisado que o Brasil viveria uma crise institucional sem precedentes. E foi o que aconteceu. Muitas pessoas estão perdendo a fé nas principais instituições do país, bem como o senso de direito coletivo e individual. A Democracia, há tempos eu tenho falado, não existe mais por aqui.

Idiota midiático é quem insiste que estamos dentro da normalidade e que não enxerga o quão grave é a nossa conjuntura. Há vários andando por aí.

O ataque foi sério como foram todos os outros. E mais sério ainda é o silêncio de muitos.

2 comentários em “A onda

  1. Muito bom este texto. Eu acrescentaria como a pior tempero a este refogado, e que a direita, que poia este estado de coisas, sabe bem porque o esta fazendo. Quando os irmãos Koch e mais um meia dizia de trilionários se pronunciaram e criaram a proposta de dizimação da classe pobre, e o poder na mão dos 1% donos do capital, ninguém deu bola. Achava que ele eram poucos frente aos 99% que ficaram de fora.Porém o poder econômico desta gente, que sustentou o nazismo e sustenta os MBLs da vida estão aqui entre nós, difamando a classe trabalhadora desqualificando as esquerda no mundo e financiando esta minoria poderosa que, com toda a grana que tem, está presente em qualquer cochinchina dando o seu tom. A esquerda precisa estar atenta, o povo tem que ler, saber disso para não pensar que o que está acontecendo no brasil é “contra o Lula ladrão”. Todo mundo sabe que o Lula não é ladrão, mas, como ele bem disse, é contra a ideia que ele representa que a direita nefasta dá tiros.

    Curtir

Participe! Comente você também!