Eu: mera professora na era Bolsonaro

lampiano

Quando tudo isso começou a acontecer, eu fiquei com pena dos meus colegas professores de história, sociologia, filosofia… Afinal, essas disciplinas existem – em essência – para mostrar que tudo o que vemos não está dado, mas sim foi construído dentro de um contexto. E o que pode ser construído também pode ser desconstruído como, por exemplo, a escravidão.

Esta foi a minha primeira semana de aula depois que tivemos Bolsonaro eleito. Que o mundo está mudando – e, a meu ver, para pior – estamos todos percebendo. Cortes orçamentários destinados à cultura, carta verde para matar morador de comunidade principalmente de pele preta, perseguição aos LGBTIs, desmoralização dos professores, culto em plenárias, discurso de ódio sendo aplaudido,… Tudo isso está conectado e se intensificando. A gente sabe. O que para mim se mostrou como novidade foi o que eu vi em sala de aula nesse início do ano letivo.

Sou professora de física, matéria considerada – pelo senso comum – uma ciência exata dadas as comprovações, os métodos, as previsões, as equações e todo o poder que exerce no mundo. Não sou dessas que acreditam que estejamos diante de verdades incontestáveis com um livro de física aberto. Pelo contrário. Quem teve aula comigo nos últimos anos sabe o quanto eu trabalho para que o aluno duvide de tudo o que é falado e questione o máximo possível qualquer teoria. Pelas dúvidas, crescemos todos. Nas certezas, congelamos nosso raciocínio.

Logo na primeira semana, expliquei que iríamos trabalhar de um jeito inusitado com a cinemática. No lugar de exercícios, debateríamos alguns questionamentos de Galileu que foi o primeiro a equacionar um fenômeno físico, a dizer, a queda dos corpos. Em que contexto ele realizou essa façanha? O que o motivou? Galileu estava com a ideia fixa de que a Terra poderia estar em movimento. Para tanto, tinha uma missão nada fácil: convencer o mundo de que o que vemos pode não ser a Realidade. Defender um argumento desse não é nada simples e Galileu escreveu um livro enoooooorme sobre isso com excelentes questões e argumentos. As minhas aulas se baseiam nas inquietações do filósofo para que a juventude perceba a genialidade e, ao mesmo tempo, a humanidade que existe em Galileu.

Um aluno terraplanista começou a questionar tudo. Mas não de uma forma que considero saudável para o debate. Veio de forma agressiva dizendo que tudo não passa de opinião e que eu deveria respeitar a dele. Atrás deste jovem, surgiu mais uma galera.

Outro aluno, no meio da aula, puxou um papel cheio de contas feitas de forma confusa. Começou a falar de aminoácidos e lendo aquelas contas “me provou” que a teoria do Big Bang e da Evolução não fazem o menor sentido. Foi aplaudido por vários.

Veja bem. Nada contra ter ideias diferentes em sala de aula. Isso é absolutamente saudável. O que estou estranhando é a falta de vontade de ouvir e a dificuldade de entender que, no diálogo, crescemos todos. O riso no canto dos lábios de deboche enquanto falo segurando o livro de Galileu se fez presente em meninos e meninas de 14, 15 anos. Nunca havia passado por isso.

Outra coisa a observar é que eles estão muito bem informados. É fato. O que não percebem é que informação está longe de ser sinônimo de conhecimento. Por isso, até, adoro dar avaliações em que os alunos podem consultar a internet. Não adianta comer se não conseguir digerir e reter vitaminas. Estar bem informado é uma coisa. Saber pensar sobre o que ouve e lê é algo bem diferente.

Enfim, a famosa “turma da lacração” está presente nas aulas de ciências. Lacrar, vale frisar, significa fechar para sempre. Curiosamente, essa expressão foi usada para nomear pessoas que justamente chegaram tirando o lacre: gente que trouxe o debate sobre a hegemonia da cultura eurocêntrica nos livros de história, sobre o consumismo moderno, a urbanização do mundo, a atuação das empresas multinacionais, a corrida desenvolvimentista, a sustentabilidade, sobre a história contada por pensadores brancos, a violência contra as mulheres, o extermínio da juventude negra, o sucesso baseado unicamente na ascensão econômica, enfim, quem se propôs a discutir as desigualdades sociais, o feminismo, a discriminação sexual, entre outros assuntos foi considerado “lacrador”. Hoje, minha gente, eu vi o poderoso lacre. As verdadeiras vítimas de uma poderosa doutrinação que foram tolidas de ouvir seja sobre temas sociopolíticos e históricos seja sobre uma teoria científica.

Não estou desanimada. Se eu der as costas para esse muro que se agiganta, morro como educadora. Terei paciência para tentar transpôr essa barreira. Não sinto raiva de nada nem de ninguém. Apenas ando sofrendo de perplexidade e compartilhando com quem quiser me ouvir.

Da minha parte, serei o que sempre fui: uma mera professora dessas que vemos em qualquer escola pública que, a despeito de tanta pedra que sempre recebeu dos governantes e, agora, da sociedade, acorda todo dia com aquela esperança de melhorar o mundo pela educação.

Esse sonho, nem Bolsonaro vai tirar de mim.

 


A arte que ilustra esse texto foi feita pelo artista Sergio Ricciuto e está no meu livro Isaac no Mundo das Partículas.

47 comentários em “Eu: mera professora na era Bolsonaro

  1. Siga Elika!

    O tempo é o senhor da razão, estes jovens “lacradores” estão há pouco tempo por aqui!

    Esperança de esperançar e de esperar, é como poderemos resistir.

    Vai, que daquí, ou daí se me chamar, estarei contigo!

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  2. Eu não tenho essa experiência de sala de aula como você, mas observo muito disso em pessoas do meu convívio, pessoas que querem incisivamente dizer que estão certas, não querendo debater o assunto – muitas vezes não tendo nenhum argumento além do decorado. Isso me deixa um pouco desanimado, eu gosto de falar sobre vários assuntos gosto de saber que tem coisas que eu não sei e gosto de explicações mais elaboradas do que “porque é assim e pronto” parece tão difícil encontrar pessoas para conversar onde todo mundo quer impor algo sem nem mesmo estudar o assunto.

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  3. Ontem meus queridos alunos não sabiam quem é Chico Buarque. Aí perguntei a eles quem é Chico Mendes. Eles não sabem. A gente tava ouvindo O meu guri. Eles não conseguem perceber a realidade presente na música e nas condições socioeconômicas que experimentamos em nosso cotidiano. O ano vai ser árduo. Mas a gente não pode desistir.

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  4. “Nas certezas, congelamos nosso raciocínio.” – Triste que essa seja a realidade do nosso país que poderia ser o melhor do mundo.

    Que post incrível e necessário. Parabéns e obrigada por ele.

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  5. É, professora, o munda está mesmo assombrado pelos demônios. Galileu deve ter se mexido no túmulo quando ouviu isso do garoto. Não vamos perder as esperanças, pelo que vi, você faz um ótimo trabalho. Obrigada por compartilhar a experiência.

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  6. Muito bom! Se em Física a terra virou plana “sem sombra de dúvida”, imagina nas Humanas como vai ser difícil.
    PS: “tolhidas” em lugar de “tolidas”
    Beijos. Boa sorte!
    Vera

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  7. Obrigada pelo texto, Elika!
    Passei por algo semelhante essa semana quando toquei no assunto aquecimento global em uma turma de futuros engenheiros de uma instituição pública também. Vieram com argumentos lacradores e só repetiam “é minha opinião, professora, me desculpe, mas não tem como acreditar”.
    Eu não contestei, não argumentei, só deixei eles “lacrarem” ao máximo. Até porque quando tentei argumentar, fui interrompida.
    Ao final do vômito de informações, que foi o que pareceu, pois eram argumentos pela metade, tudo misturado e sem lógica nenhuma, só pensei “preciso tentar derrubar esse muro…vai dar trabalho, afinal são adultos com ‘opiniões bem embasadas’. O semestre será longo, mas não dá pra deixar assim..”
    Desejo luz e força para meus colegas professores neste período difícil! Não podemos deixar de tentar melhorar o mundo por meio da educação!

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  8. Elika não discordo de você. Mas acredito que o problema da “resistência” está em não ouvir a “queixa” anterior a Bolsonaro. As necessidades da população foram mudando ou surgiram outras, que foram ignoradas. Principalmente relacionadas a segurança e uma percepção de desrespeito a seus costumes. Eles encontraram um grupo que usou isso, escolheu um símbolo (você deve saber que é assim que funciona, foi o que aconteceu com o Lula) e pronto.
    Uma resistência que acredita que o Bolsonaro é a razão principal de tudo o que acontece, me frusta, me decepciona. Não acredito que vocês sejam tão ingênuos. Acreditar que é esse governo atual que está deixando a população desinformada, sem direito a educação de qualidade, para ser manipulada, me soa como ingênuo ou falso. Isso sempre foi assim no Brasil. Se não fosse, não estaríamos como estamos.
    Querem ser resistência de verdade, ouçam o povo. Aguentem e aceitem suas queixas.

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    1. Data vênia, cara colega. A questão não é o nosso representante maior no executivo, mas nossos representantes no legislativo. Não estou defendendo nenhum de nossos governos anteriores (de Sarney a Temer), mas é no congresso que mora a causa dos males educacionais do Brasil, onde clãs se perpetuam através da ignorância de um povo que os alimenta com seus votos. Quando, em seu seio, começaram a aparecer sementes de questionamento social e economico, através de deputados e senadores que acreditam em liberdades de gênero, lutas por direitos e crescimento de ideias revolucionárias, a massa depentende da ignoranciocracia começou a colocar as manguinhas de fora, criando conceitos como ideologia de gênero, escola sem partido e dominação socialista. E é dessa nova cultura de desinformação que surgiram seus bastiões, Olavo de Carvalho e o mito.
      Infelizmente, Vania, estamos a mercê de um grupo que se alimenta do medo e da desinformação (através do Youtube, redes sociais e grupos polítcos). E precisa criar espantalhos e inimigos imaginários para se manter relevantes para seu público. E um dos eleitos somos nós professores. Que tenhamos força e resiliência, pois tempos difíceis nos aguardam.

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      1. Mas uma vez não discordo. Mas acredito que tanto os governos anteriores e esse se alimentam da desinformação e ignorância. Mudam os ídolos, os pensadores, mas a intenção é a mesma, obter o poder.
        Não temos que lutar por partidos, políticos ou ideologias. Temos que lutar pelo nosso País.
        E sim, os professores têm papel fundamental nisso, mas há tempos estão sendo usados sem perceber. Nunca se perguntaram porque depois de décadas de um governo que dizia valorizar a educação, continuam sendo uma das classes menos reconhecida?
        Ou não observaram o medo exagerado também provocado pela esquerda.
        Não concordo com a postura e os pensamentos do presidente eleito, mas ele é o ídolo usado para se alcançar o poder. Como o Lula foi.
        Não levanto a bandeira de ninguém, só acho que precisamos ficar menos crédulos.

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  9. As falas de um lado e de outro estão dentro do velho paradigma de que o que acredito é incontestável e o contraditório desprezível. Muitos estão perplexos agora por encontrar o “absurdo” contraditório. A linguagem de um e de outro é sempre cerceante e indignada com o que o outro pensa fora de meu repertório de crenças. Se vitimizam e demonizam o outro. Está é o velho paradigma superado que precisamos urgentemente mudar. Do contraditório é que testamos o que realmente é melhor para todos. Se só um lado domina o pensamento, a ideologia corre-se o risco da cegueira quando vemos sempre o bom mesmo em nossos erros e justificamos tudo e todos de nosso”LADO”. Este é o verdadeiro fascismo. Uma democracia saudável navega com naturalidade entre vários pontos de vista, como uma coisa normal do cotidiano. Espero chegarmos lá um dia.

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  10. São tempos de intolerância, de informações vazias, de preconceitos e desumanização.
    Vivemos um retrocesso.
    Este fenômeno de anti-intelectualismo coincide com bolsonarismo.
    São pessoas com pensamentos simplistas, vazios, agressivos e intolerantes.Que geração estamos formando? São jovens informados, no entanto sem senso analítico das informações que consomem. Esta é a educação que querem impor. Isto , sim , é a doutrinação. Por isso, eles massacram Paulo Freire.
    São discursos com proselitismo, uma retórica agressiva e no entanto recheiado de sofismas, ou seja, só conseguem convencer os “bolsais”.

    Como dizia Martin Luther King, ” O que mais preocupa não é o grito dos violentos, sem ética e dos sem caráter, mas o silêncio dos bons”.
    Por isso VAMOS RESISTIR !!!!.
    Um abraço

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  11. Eu sou professor e sou terraplanista. Terraplanismo é ciencia, experimentacao, uso de métodos científicos. Espero que se multipliquem os estudantes terraplanistas, para que o mundo saiba que os seres humanos somos irredutíveis e nuestra liberdade de pensamento fica intacta, a pesar de tantos anos de trevas cientifistas.

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      1. Professor? De que disciplina? Leio terraplanistas falando de sua “comprovação científica” e eu, que não sou cientista mas formado em filosofia pergunto: que experimentos e provas são essas pois dela só ouço falar que “existem”.

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  12. Força professora. Também acredito que o único caminho é a Educação. Esse desgoverno vai cair. Siga no seu ideal e propague o valor do conhecimento. 👩‍🏫👩🏾‍🏫❤. A era da desinformação tem que ter fim.

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  13. Muito bom e real o comentário.
    Parece estarmos vivendo a era do “simplismo absoluto” em que tudo é visto na aparência, alguém disse e publicou no Facebook ou WhatsApp é verdade e ponto. As pesquisas e constatações científicas são meros “contos da carrocinha” e que não vale a pena pesquisar, refletir , avaliar e comparar no contexto atual. Sinto muito pelos colegas professores que atuam nessa era tão sombria e retrógrada , mas desejo a todos que acreditam que a educação é que nos impulsiona para a evolução pessoal e coletiva continuem na empreitada com confiança de que ela é a base da solução de nossas dificuldades.

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  14. Lindo e triste… assim como você, sinto -me também a cada dia mais forte e motivada a levantar e sair de casa para plantar e regar, cuidar das plantinhas( educação infantil) que alcanço e as que me foram dadas para cuidar. Te abraço carinhosamente!

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  15. Excelente artigo! Força, profe! Esta turminha está de passagem e já está passando… Não deixará rastro nem saudades… É a crise cíclica em todas as áreas, inclusive no campo das ideias! Grande abraço!

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  16. Na terra dos papagaios repetir o que o pastor/a pastriz dita um dia depois do outro dá em terraplanismos, em negação do experimentado, em obscurantismo. Dá em qualquer coisa inventada! Porque o que importa é a crença, a fé. Estranhar que ovo agora tenha pelo? Oras! Se estamos finalmente na Terra dos Papagaios?

    O problema do educador, admitida essa condição básica da papagaiada, é achar um espelho capaz de mostrar ao bichos-falantes que, apesar de serem repetidores maníacos do que algum Senhor mandou e, ainda que também tenham dois pés, não têm penas verdes nem…etc etc. Outra alternativo para o Educar nesse tempo obscuro é saber fazer boas perguntas, perguntas-espelho, dessas que não se submetem a um “quem fez isso foi deus (se pro bem) ou lula (se pro mal)”.

    Toda verdade (pra nós, sempre provisória) vinda da observação e da pesquisa será acusada pelos papagaios de ser … fake, mentira, coisa de papagaio. E defenderão suas certezas com argumentos de papagaio, ou seja: com repetições engolidas sem mastigação, incapazes de suportar sequer uma primeira pergunta.

    A essa gente-poleira eu tenho achado mais econômico dizer que sim, você está muito certo (ou certa), é mesmo, claro, a ciência é uma porcaria. Mas, da próxima vez que você for ao dentista, diga pra ele não usar anestesia. E não usar nenhum motor, nenhum remédio. Só o martelo de pedra, tá certo?

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  17. Ola! Seu texto me.interessou muito e gostaria de saber qual é o título do livro de Galileiu que revela suas inquietações. Grande abraço.

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  18. Querida, me solidarizo com você. Eu sou professora a trinta anos, em busca da aposentadoria, sempre tive a certeza que tudo iria melhorar, sinto muito te dizer, mas me aposento desesperançada…isso mesmo, sem esperança que esse Brasil, um dia irá perceber que sem educação caminhamos a passos largos para a barbárie. Esse ano de eleição me fez perceber que voltamos no tempo e, que talvez, seguir em frente não será mais possível. Tristemente me despeço da sala de aula com o coração despedaçado.

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  19. Estou perplexa!! Acho que já falei para você, que meu filho estudou no Cefet e está fazendo Medicina. Meu maior orgulho! Fico vendo esses jovens sem sonhos e sem compromisso. NÃO desanime, pois se isso acontecer não teremos mais jovens que sonham como você, com o seu exemplo!! Ser professor hj é pedir a Deus todos os dias para voltar para casa com a consciência de dever comprido. Você consegue! Tenho fé que as coisas vão melhorar! Bjs

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  20. Tenho passado por coisas similares na escola particular. Alunos desenvolvem inúmeras teorias com informações vindas do Whatsapp. O mundo agora está sofrendo as anomalias da era da informação. Quando a informação volumosa se sobressai ao conhecimento.

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  21. Não lia besteira tão grande já havia muito tempo!! Chocada com tanto vitimismo. Professores… aff
    Graças a Deus na minha época tínhamos mestres. Dó das crianças de hj😔

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  22. A era Bolsonaro vai fazer a diferença para as crianças do futuro. Vamos lutar por escolas sem partido.. Vamos lutar pelo astiamento da Bandeira e louvor ao Hino Nacional. Foi assim que se formaram os grandes homens e mulheres de hoje. Vamos parar com o mínimo e fazer a coisa certa!! É só parar e comparar as crianças de antes com as crianças de hj para descobrir q há algo errado dentro das escolas🤔🤔🤔

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  23. Fui professora por 25 anos de Ingles/ Português em escola pública . Iniciei em 1975 e durante todos os anos sempre trabalhei com a metodologia do questionamento, pra mim era fácil por ter o conteúdo de interpretação de texto. Lembro-me de uma revista semanal que trazia um texto sobre os benefícios do tomate, inclusive os de qualidade específica para molho, e na mesma revista páginas à frente trazia uma nota sobre a alta produção de tomates da qualidade para conservas e molhos. À partir daí, minhas aulas se transformaram em caça às leituras nas entrelinhas. Até textos em Inglês eu trazia textos da vida, nunca aleatórios. Sei que meus alunos de 5 série à 3 ano saíram seres pensantes. Espero que ainda sejam cidadãos questionadores.

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    1. Existe um fator super politicamente incorreto que ajuda a explicar isso…. O povo brasileiro está emburrecendo e isso se deve por causa do aumento demográfico da população mais pobre. Não são todos os pobres ou empobrecidos que são menos inteligentes, mas a maioria, se comparada com as outras classes sociais, é. A inteligência tem uma boa carga genética. É quase impossível para o típico professor aceitar isso, porque seria quase o mesmo que dizer que sua profissão ou função na sociedade é, na maior parte, muito menos importante do que apregoa. Este garoto foi exposto ao conhecimento, tem tido a possibilidade de escolher por aquilo que acredita, mas sua mente não é capaz de operar milagres. Quase todo terraplanista é religioso, o que deve ser o caso dele.

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