Filosofilhes

filosofilhes completo

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  • Sobre o que é esse livro?

Sou Elika Takimoto, mãe-coruja de Hideo, que hoje está com 24 anos, Nara, com 20 e Yuki, com 11. De tão desiguais entre si, eles parecem que são de espécies diferentes – tipo um  leão, uma peixinha e um carneirinho.

Além de mãe, faço outras coisas como dar aula de física, andar de skate e escrever sempre que consigo. Grande parte dos textos que escrevo está publicada no meu blog “Minha Vida é um Blog Aberto”. Lá, atualmente, há quase quinhentas publicações sendo que a grande maioria pode ser categorizada como crônica. Os  temas são bem variados, mas percebi (um dia fazendo uma varredura) que há uma diferença clara entre eles: o peso. Há postagens extremamente leves, outras engraçadas, algumas mega tensas e muitas (que passam por todas essas nuances) sobre meus filhos. Daí, surgiu a ideia de fazer o “Filosofilhes” onde reúno textos escritos tendo Hideo, Nara e Yuki como inspiração.

As crônicas selecionadas foram feitas em épocas bem distintas que vão desde quando Yuki era zigoto até o término de  meu casamento onde vivi experiências com alguns embustes e a chegada (enfim grazadeus) de um novo amor.

Insegura que sempre fui, jamais consegui vestir a carapuça de mãe conselheira e autoritária. Pelo contrário. Não raro, são eles que me orientam.

Filosofilhes não é, portanto,um guia sobre maternidade. Nananinha. Longe disso. É o que canso de falar para eles. Não me tornei mãe para “educar” ninguém e muito menos dizer o que é certo a se fazer nessa vida (já que eu mesma estou perdida nessa bagaça).

Coloquei filho no mundo para trocar ideia e Filosofilhes é um retrato do nosso dia a dia.

  • Para você ter uma noção do que tem dentro dele:

Vou contar para vocês uma história para vocês terem uma ideia do que venha a ser o Filosofilhes:

“Há umas duas semanas, logo depois de um feriado, Yuki acordou para ir à escola e entrou em desespero porque se lembrou de que era dia da prova de geografia e ele não havia estudado nada. Pediu para que eu deixasse ele faltar e eu prontamente atendi já que era a primeira vez que isso acontecia em nossas vidas.

A segunda chamada foi hoje. E eu tenho – desde de que ele nasceu, sem exagero – lembrado dessa segunda chamada da prova de geografia todo santo dia. Estou vendo Yuki fazer várias coisas e nada de estudar para a prova desde semana passada. Não sou dessas de obrigar ninguém a ficar sentado com o livro na frente porque não estou aqui para fazer do ato de aprender uma tortura. Vai quando estiver afim senão não funciona.

Hoje de manhã ele entrou no carro para irmos à escola com os olhos maiores do que o normal.

– Mãe, a prova é hoje e eu não estou preparado. Não estudei o suficiente. Nem deu tempo.

– Não deu tempo a partir de que momento?

– De ontem à noite, mãe. Estou desesperado. Acho que vou pegar prova final dessa matéria…

– Eu não te falei que não adiantaria adiar o problema? Não disse para você estudar todos esses dias? Mas não. Você quis ficar jogando, lendo gibi, desenhando e andando de skate. Agora vê se aprende… arque com as consequências de seus atos! A vida é assim, meu filho!

Eu poderia ter falado isso. Mas não sou dessas. No lugar desse discurso que, acho eu, nada ajuda e só faz a pessoa se sentir pior ainda falei:

– Entenda o que aconteceu ao menos. Você cometeu o pecado da procrastinação.

– Que mãe.

– Procrastinação. Quando a gente sabe que tem que fazer uma coisa e empurra com a barriga. Daí quando chega em cima da hora bate o desespero porque não dá tempo de fazer direito a parada. A gente fica ansioso, arrependido, perguntando por que fez isso com si próprio.

– Caraca. É isso.

– Há pessoas que conseguem viver sem procrastinar. Mas muitas não. E acabam sentindo isso sempre. Acredito que é algo que devamos trabalhar mas não sei ao certo como. Percebo que quando fazemos o que temos que fazer mesmo sem querer costuma ser melhor em termos de paz espiritual. Mas nem sempre eu mesma consigo.

– E o que eu faço agora? Estou nervoso! Não vou conseguir!

– Calma. Alguma coisa você sabe. Foca nisso. O que não souber inventa na hora. Você tem muita criatividade. Fale bonito. Use sua sabedoria. De repente, só raciocinando você mata a questão mesmo sem ter estudado. E se for decoreba, esquece. Se errar questão de decoreba, isso não significa nada sobre você. Se pegar prova final e quiser que eu te ajude, pode contar comigo. Mas relaxa agora. Eu acho que você se livra disso hoje.

O resto do caminho fomos ouvindo música como sempre e conversando profundezas. Yuki me mostrou que sabe a letra da Geração Coca-Cola de cor e mostrou como é a batida da bateria no painel do carro.

Pode ser que eu não esteja preparando meu filho para a vida. Pode ser que o mundo lá fora vá cobrar dele mais tarde responsabilidades e eu não estou o educando para suportá-las. Sinceramente? Basta o mundo.

E.

Se o mundo é esse mesmo que vai sufocá-lo em um breve futuro, não quero de fato que meu filho me veja como cúmplice do roubo de sua infância e de sua paz para que ele se adapte bem a esse moedor de carne e de sonhos.

Seguirei serpentinando a maternidade.”

Enfim, um guia de como continuar perdido nesse mundo.

  • Como ele nasceu?

Filosofilhes tem história. Resolvi fazer o livro via financiamento coletivo. Como não tenho berço, sou suburbana, não tenho lá muitos contatos e bababá bububú, publicar qualquer coisa requer saber rebolar. E taaí uma coisa que também não sei. Ou seja. Não tenho lá acesso a grandes editoras e também não sei fazer nada sozinha.

Daí, grazadeus amém, para isso servem os amigos. Paulo Andel e Zeh Catalano me ajudaram a fazer a famosa vaquinha on line. Alguns de vocês devem ter visto e até participado (muito obrigada se foi você, sim?). Não vou dizer que foi uma experiência boa pra mim. Ter que ficar todo santo dia pedindo ajuda não é nada agradável. Mas enfrentei a timidez e conseguimos o suficiente para pagar a arte da capa que foi feita por um artista italiano, talentosíssimo Sérgio Ricciuto Conte, a diagramação, a revisão do livro e a gráfica. Enfim, tínhamos o dinheiro.

Não. Pera.

Tivemos um problema. O site demorou a beça para repassar a quantia para a nossa conta. O que atrasou o andamento do processo.

Quando enfim o dinheiro chegou, recebi uma mensagem. A palavra “Filhosofia” – que seria o nome original do livro – já havia sido registrada antes por uma empresa. Tive que entrar com advogados para ver a possibilidade de insistir no nome. Para evitar problemas, tivemos que repensar.

Isso me deu muita tristeza. O livro estava registrado com o nome Filhosofia desde 2014. Nome de livro é igual nome de filho. Imagina mudar o nome de uma criança com quatro anos de idade…

Mais tempo. Mais atraso na publicação.

Fora isso, aconteceu algo que não contava. Outro livro que havia escrito “Isaac no Mundo das Partículas” que foi publicado (também de forma independente) em janeiro de 2018 virou um sucesso de vendas e um espetáculo musical infantil que já tem indicações de vários prêmios. Foram várias entrevistas em rádio e televisão que eu dei, gente. Mais de mil livros vendidos em menos de um mês!

Quem levava esses livros todos para o correio? Isso mesmo. Euzinha que vos fala. Já pensou?!

Mais atraso no Filosofilhes que era para ter sido lançado no início de março…

No meio do caminho conheci pessoas mega bacanas. Rita Lisauskas, jornalista colunista do Estadão e Flávia Oliveira da Globo News. Ambas mães e da pá virada.

Convidei as duas para fazerem a orelha e o prefácio do livro. Até que elas lessem o livro e fizessem com todo o carinho esse tipo de demanda, levou um tempo.

Mais atraso no Filosofilhes…

Enfim. Não é fácil publicar livro de forma independente. Mas a vontade de fazer literatura faz a gente fazer desses muros mais histórias e quiçá outro livro.

Agradeço a todos a paciência comigo nesse processo, gratidão eterna para cada colaborador da vaquinha e aproveito para pedir desculpas pelo atraso nesse lançamento.

O importante: ele nasceu e é lindo!

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