Plano fechado. Close no rosto da criança.
– Mãe, você é uma mulher surpreendente mesmo. Cada dia admiro mais sua coragem.
A câmera agora está no rosto da mãe que dá um longo bocejo enquanto dirige.
Imagem do carro estacionando perto da escola.
Na tela, vemos de cima carros parados no sinal e a mãe atravessando calmamente a rua na faixa de pedestre com as mãos dadas com seu filho caçula.
De novo fecha o plano no rosto do menino que está agora na porta da escola.
– O céu para você é o limite, mãe.
Foco na mãe:
– Qualé, Yuki. Que que tá pegando hoje que você não para de me elogiar.
A mãe coça a cabeleira descabelada olhando o céu. Ela está alheia ao mundo.
Close errado no filho:
– Não te elogiei em nenhum momento, mãe. Estou assustado com a sua coragem. É bem diferente. Você me trouxe para a escola de pijama e se supera a cada dia! Amanhã o que será?
Plano americano. Abre o zoom.
A mãe está com calça de moletom, camisa de vereador, meias e havaianas.
– Amanhã venho de girafa.
Vemos, na tela, os ombros do filho e o rosto da mãe de frente para ele se transformar quando ele diz:
– Duvido, mãe.
O filho falou a palavra proibida para a mãe.
A tela vai fechando se aproximando do meu rosto focando em meu olhar sonhador-diabólico terminando com a imagem nítida de uma remela.
Elika, me dá seu endereço que depois dessa preciso te mandar um presentinho…….
*Atenciosamente,* *Ingrid Penna* *99205-4817 *
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O que seria?
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Delicioso!
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Ah que bom que gostou. Ousei na narrativa. 🙂
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Muito bom…!!
Despretensioso como primeira impressão, mas percebe-se qualidade aí.
Vou botar lá na minha página do Face.
E, não faltando nada, você ainda é bonita.
🙂
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